segunda-feira, julho 04, 2011

ASPIRAÇÕES VAGAS

Aspirações vagas

 

Lá no passado do tempo que se consumiu

nos lugares que continuam iguais mas diferentes

estão as raízes dos sonhos que me embalam...

Sonhos feitos de aspirações sem tempo definido

vagos desejos de uma forma de vida inexistente

que atravessa os meus anos, alojada algures...

Nos sonhos nocturnos durante o sono agitado

Nos dias vazios de carícias e toques ansiados

No céu, nas nuvens, no sopro do vento

no martelar da chuva de inverno na terra

no voo das aves no céu de cada primavera

no calor sufocante de cada verão que passa

os sonhos, as aspirações são transversais...

não se dissipam, transformam-se em sonhos

sonhos em que  envelhecemos juntos

plantando a terra do passado, agora seca

olhando o sol e a chuva,  abraçados...

falando do tempo que fará no dia seguinte

do gelo, e do granizo e do míldio...

e das culturas ameaçadas...e os anos...

os anos vão passando...até que o fim

suavemente chegasse...e os dois juntos

nem a morte...separasse...

 

Arlete Piedade

 

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