sexta-feira, julho 15, 2011





Lá no passado do tempo que se consumiu
nos lugares que continuam iguais mas diferentes
estão as raízes dos sonhos que me embalam...
Sonhos feitos de aspirações sem tempo definido
vagos desejos de uma forma de vida inexistente
que atravessa os meus anos, alojada algures...
Nos sonhos nocturnos durante o sono agitado
Nos dias vazios de carícias e toques ansiados
No céu, nas nuvens, no sopro do vento
no martelar da chuva de inverno na terra
no voo das aves no céu de cada primavera
no calor sufocante de cada verão que passa
os sonhos, as aspirações são transversais...
não se dissipam, transformam-se em sonhos
sonhos em que envelhecemos juntos
plantando a terra do passado, agora seca
olhando o sol e a chuva, abraçados...
falando do tempo que fará no dia seguinte
do gelo, e do granizo e do míldio...
e das culturas ameaçadas...e os anos...
os anos vão passando...até que o fim
suavemente chegasse...e os dois juntos
nem a morte...separasse...

Arlete Piedade

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