sexta-feira, setembro 09, 2011

DOUTOR DOS PASSARINHOS

DOUTOR DOS PASSARINHOS - Acróstico

D outor que estranha contradição é essa que te habita
O u que muralhas levantaste para isolar o teu coração
U saste gelo, rochas, madeira ou até blocos de betão
T orturaste tua alma acomodado ou preso a essa vida
O teu cérebro substitui todos os outros orgãos do corpo
R olando nele solta a vida sentida somente na imaginação

D ocemente e ás vezes com alguma violência, aconchegado
O recanto do lar usando como refúgio e consentida prisão
S ol lá fora brilhante e aqui dentro, cercado de noite o coração

P assados os anos, que resta do menino ingénuo e inocente
A ssistente da vida e que recolhia as aves caídas do ninho
S ensibilidade somada á emoção, as curava com ternura
S ingeleza e sem defesas aberto á vida e ás emoções sentidas
A nos de sofrimentos e mágoas acumuladas te deixaram assim
R ebelde e em defesa constante, agressivo e até inconstante
I gnorando o teu semelhante, desprezando um amor constante
N ascido á revelia, sem consentimento consciente, mas ardente
H oje contudo racionalmente negado, porque fonte de sofrimento
O sentimento de traição tão presente, no coração antes magoado
S ó questiona, quem te fez assim tão terno, mas tão couraçado?

Arlete Piedade

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